Kit de primeiros socorros para carros

Kit de primeiros socorros para carros

Ninguém gosta de pensar em acidentes, mas podem sempre ocorrer. Desde pequenos ferimentos, a feridas perigosas que têm de ser tratadas no local até que chegue a assistência médica de emergência. Nessas situações é preciso agir corretamente e dispor do material indicado para poder prestar primeiros socorros.

Em determinadas atividades, a presença de caixas de primeiros socorros está prevista por lei. Não é obrigatório estar em posse de uma caixa de primeiros socorros enquanto condutor de um ligeiro de passageiros privado, apesar disso, recomenda-se que adquira uma. Uma emergência pode sempre surgir e convém estar bem preparado para o caso.

Caixa de primeiros socorros

Uma caixa de primeiros socorros compreende um conjunto de equipamento necessário para prestar auxílio quando ocorrem ferimentos, por exemplo, em situação de acidente rodoviário. Há no mercado kits preparados para determinadas aplicações e que correspondem a diferentes requisitos legais. No que respeita à sua utilização em ligeiros ou pesados de passageiros públicos ou particulares de transporte de crianças, as suas características são definidas pelo despacho n.º 25 879/2006. 

Convém que o kit de socorro para o carro esteja num local que seja acessível com facilidade no interior do habitáculo. Caixas de primeiros socorros de modelo e conteúdo que seja conforme com a regulamentação em vigor em qualquer estado-membro da CE, entre outros, são admitidas para uso. A validade dos elementos que se encontram na caixa deve ser verificada regularmente. Elementos que se encontrem fora da validade devem ser substituídos, para garantir a sua segurança.

Kit de primeiros socorros para carros
 A caixa do kit de primeiros socorros deve:  
  • i Apresentar resistência ao choque e o material que a constitui não pode afetar os elementos contidos nela.
  • i Ter arestas que não causem cortes.
  • i Ter uma cor marcante e viva como, por exemplo, verde ou encarnado.
  • i Estar identificada por meio da inscrição “caixa de primeiros socorros”.
  • i Ter um inventário dos elementos contidos em português com as respetivas datas de validade, quando aplicável.
  • i Dispor de um sistema de fecho e ser hermética.
  • i Manter o conteúdo, mesmo quando inclinada num ângulo de 30º.
 Além destas características relativas ao contentor dos elementos, o conteúdo mínimo da caixa de primeiros socorros do carro deve ser: 
  • Um rolo de adesivo. Permite manter as compressas fixamente sobre o ferimento em que são aplicadas.
  • Diversos pensos rápidos. Indicados para ferimentos de pequenas dimensões.
  • Diversas compressas de gaze. Destinadas para compressão ou proteção de ferimentos de tamanhos distintos.
  • Diversas compressas de queimaduras. Destinadas para ferimentos de tamanho grande.
  • Diversas ligaduras elásticas. De tamanhos distintos, destinadas a manter as compressas fixamente sobre os ferimentos.
  • Uma cobertura de primeiro socorro. Com uma dimensão mínima de 2,1 m por 1,6 m e composta por poliéster com revestimento de metal ou por outro material de atributos correspondentes, destinada a proteger contra o frio ou o calor.
  • Diversas compressas de feridas. Destinadas para proteção de ferimentos abertos.
  • Diversas ligaduras em triângulo. Indicadas para imobilizar fraturas.
  • Uma tesoura. Esta tem de ser adequada para cortar tecido.
  • Diversos pares de luvas descartáveis. Devem estar devidamente embaladas e servem para evitar contaminação com agentes patogénicos e proteger contra infeções.
  • Um manual de prestação de primeiros socorros. Contém instruções detalhadas de como proceder em caso de diferentes ferimentos.
  • Uma listagem do inventário do kit de primeiros socorros. Deve conter também a indicação da matrícula do automóvel.
Conteúdo da caixa de primeiros socorros carro

Além dos conteúdos mínimos legais que um kit de primeiros socorros deve ter, pode fazer sentido complementá-lo com elementos adicionais, nomeadamente:

  • Contactos de emergência. Para facilitar a comunicação com o apoio de emergência médico.
  • Termómetro. Para medir a temperatura.
  • Máscara para reanimação. Permite uma insuflação boca-a-boca higiénica.
  • Pinça. Adequada para retirar impurezas de ferimentos.
  • Seringa de lavagem. Indicada para lavar ferimentos.
  • Solução tópica antissética. Indicada para desinfetar ferimentos, por exemplo, água oxigenada, álcool ou solução de água e iodopovidona.
  • Soro fisiológico. Indicado para lavagem de ferimentos ou zonas sensíveis.
  • Saco para guardar material de primeiros socorros usado.
  • Analgésicos. Para aliviar as dores.
  • Anti-inflamatórios. Para reduzir a inflamação.
  • Anti-histamínicos orais. Adequados para tratar reações alérgicas e anafiláticas.
  • Anti-histamínico para aplicação tópica. Pomada indicada para picadas de insetos.
  • Analgésico de aplicação tópica. Indicado para aliviar dores.
  • Pomada para queimaduras. Indicado para queimaduras de primeiro grau.
  • Máscaras faciais descartáveis. Para proteção de doenças infeciosas.

Pode tornar-se necessário prestar primeiros socorros numa variedade de situações, algumas mais frequentes do que outras. Recomenda-se que faça um curso de primeiros socorros. As situações típicas nas quais o seu auxílio fundamentado podem fazer a diferença são, entre outras:

  • i Ferimentos de menor ordem. Por exemplo, corte com uma faca ou entalar de um dedo na porta do veículo.
  • i Perda de consciência. Pode ocorrer, por exemplo, devido a uma paragem cardíaca ou a um impacto violento.
  • i Risco de asfixia. Por exemplo, devido a corpos estranhos na traqueia ou no esófago ou a picadas de insetos na zona bucofaríngea.
  • i Em caso de choque. Como, por exemplo, após perda de sangue, devido a dores, medo, susto, etc.
  • i Reações alérgicas graves. Em caso de sensibilidade a determinados alimentos, picadas de insetos, etc.
  • i Hemorragias graves. Podem ocorrer nos braços, nas pernas, na cabeça ou no tronco. Por exemplo, em caso de amputação.
  • i Traumatismos graves. Por exemplo, traumatismo craniano após um impacto violento.
  • i Ferimentos musculares e fraturas ósseas. Por exemplo, depois de um acidente rodoviário ou queda.
  • i Queimaduras da pele. Podem ocorrer, por exemplo, devido a contacto com líquidos ou superfícies quentes do automóvel.
  • i Acidentes com equipamento elétrico. Por exemplo, ao carregar baterias.
  • i Envenenamento ou queimaduras com agentes químicos. Por exemplo, por meio de ingestão de líquidos nocivos ou devido a contacto com ácido de bateria do carro.
  • i Problemas crónicos. Por exemplo, problemas cardíacos, diabetes mellitus, etc.

Por favor, tenha em atenção que este artigo não deve ser compreendido como aconselhamento médico ou jurídico. Em caso de dúvida deve sempre consultar um especialista.

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