Principais erros no exame de condução

Dicas para passar no exame de direção

Principais erros no exame de condução

A aprovação num exame de condução requer preparação teórica e prática. Estes conhecimentos são transmitidos pelas escolas de condução e testados nos devidos locais de exame. Contudo, apesar da preparação, é habitual um certo nervosismo do candidato. O texto abaixo resume aspetos importantes da prova teórica e prática para veículos da categoria B, fala de erros típicos e dá dicas para fazer uma boa prova prática de condução.

O exame de condução engloba o quê?

O exame de condução tem como objetivo comprovar que os candidatos à carta de condução dispõe dos conhecimentos, das aptidões e dos comportamentos exigidos para assegurar uma condução segura de determinada categoria de veículo a motor. O exame de condução integra duas partes, a prova teórica e a prática. A parte teórica antecede a prática e tem como fim comprovar os conhecimentos do candidato. A prática, por seu lado, destina-se a avaliar as suas capacidades e os seus comportamentos. A admissão a exame de condução requer que o candidato preencha requisitos, como, por exemplo, a idade mínima necessária e uma certa aptidão física, mental e psicológica.

Como é feita a prova teórica?

Como é feita a prova teórica?

A prova teórica, também conhecida por exame de código, é feita num ecrã de computador, por meio de uma aplicação interativa e abrange certos conteúdos programáticos. Os conteúdos programáticos relativos a exames teóricos para veículos da categoria B podem ser consultados na secção II, parte I do anexo VII do RHLC e tratam:

  • Princípios gerais de trânsito e segurança na estrada;
  • O condutor, o seu estado psicológico e físico;
  • O condutor e o veículo;
  • O condutor e os outros utentes da via;
  • O condutor, a via e outros fatores externos;
  • Diversos.

A prova tem a duração de 30 minutos. Antes do seu início o examinador explica brevemente a utilização do sistema informático e é exigida a assinatura e a comprovação de identidade do candidato. Uma vez que tenha sido iniciada, não é possível entrar na sala de exame.

A prova compreende 30 perguntas. Geralmente, as perguntas são combinadas com figuras ou imagens relativas a situações de trânsito. As respostas são de escolha múltipla, com entre duas e quatro respostas possíveis. A aprovação relativamente à teoria requer que o candidato não responda erradamente mais do que 3 perguntas no caso de candidatura a exame da  categoria B. Caso o candidato não aprove, a escola é informada sobre os conteúdos a trabalhar. Caso aprove, recebe a autorização para passar à prova prática após completar as aulas de condução exigidas.

Como é feita a prova prática?

Como é feita a prova prática?

A prova prática é popularmente designada por exame de condução. No caso da categoria B é feita num veículo de quatro rodas da mesma categoria, de caixa fechada e de cinco lugares. Os carros de exame dispõem de pedais de comando e espelhos retrovisores interiores duplicados. A prova é geralmente feita no mesmo carro em que é dada a instrução de condução e abrange determinados conteúdos programáticos.

Os conteúdos programáticos da prova prática de veículos da categoria B podem ser consultados na secção III, parte II do anexo VII do RHLC e tratam:

  • O conhecimento e a preparação do veículo;
  • Aptidões do candidato;
  • Comportamento do candidato.

A prova prática tem a duração de 40 minutos. No início, em cerca de 5 minutos, o candidato deve demonstrar o seu conhecimento do automóvel e da preparação necessária para conduzi-lo em segurança. São escolhidos aleatoriamente três temas da seguinte lista:

  • i Reconhecer constituintes do veículo (carroçaria, painel de instrumentos, comandos, motor e sistemas etc.)
  • i Verificar brevemente equipamentos (pneus, direção, travões, fluidos técnicos, etc.)

De seguida, o candidato deve levar a cabo os seguintes procedimentos prévios antes de arrancar:

  • Ajuste do banco do condutor e apoio da cabeça;
  • Ajuste dos espelhos retrovisores;
  • Confirmar o fecho das portas;
  • Indicação de dispositivos de manutenção de rotina;
  • Ler o mapa de estradas;
  • Adotar uma postura indicada;
  • Testar o funcionamento da alavanca das velocidades, da embraiagem e do travão de mão, antes de ligar o motor.

A prova de condução subsequente, de cerca de 35 minutos, é composta por duas partes, que são efetuadas em condições normais de trânsito, nomeadamente:

  • Manobras especiais (inverter sentido de marcha, travagem de serviço, estacionar em paralelo etc.)
  • Circulação em vias urbanas e não urbanas.

A circulação em condições de trânsito normais é feita em percursos de exame previamente estipulados. Os percursos podem incluir troços de túneis, autoestradas, zonas residenciais, escolas, passagens de peões, etc. A circulação inclui procedimentos como mudanças de direção, entrada e saída de autoestradas, ultrapassagens, etc. O examinador da prova, bem como a série de manobras especiais a efetuar e os percursos são sorteados previamente.

O candidato tem de manifestar os conhecimentos, as capacidades e os comportamentos necessários para uma condução segura, a fim de discernir perigos, dominar o veículo, cumprir com o código da estrada, detetar avarias, ter em conta fatores que afetam a condução e praticar uma condução segura e respeitosa.

A reprovação ocorre quando:

  • i São acumuladas 10 faltas durante a prova, isto é:
    • i Contraordenações leves ou incorreções que não exijam a intervenção do examinador e não ponham em causa a segurança (por exemplo, não sinalizar uma manobra, não verificar os espelhos etc.)
    • i Exceder o tempo limite para efetuar manobras especiais.
  • i São acumuladas três faltas no mesmo tipo de manobra;
  • i O motor para três vezes por imperícia;
  • i O candidato se recusa a efetuar manobras;
  • i O examinador tem de intervir;
  • i O candidato é auxiliado por outrem.
  • i É posta em causa a segurança do veículo, dos passageiros ou de outros utentes da via;
  • i Ocorre uma colisão violenta com um obstáculo;
  • i Ocorre uma contraordenação grave ou muito grave;
 Os erros mais comuns que levam à reprovação do candidato são: 
  • ! A não paragem em passagens de peões quando necessário.
  • ! A não cedência de passagem a outros veículos quando devido.
  • ! A mudança de via comprometendo a segurança.
  • ! A circulação em contramão, por exemplo, ao pisar o traço contínuo.

Em caso de reprovação é enviada uma cópia do relatório de exame à escola, para permitir a melhoria das aptidões do candidato. Caso aprove, é emitida uma autorização de condução temporária que é posteriormente substituída pela carta de condução.

Quantas vezes posso reprovar no exame de condução?

Reprovou numa das provas do exame de condução: não se preocupe, não há limite fixado para o número de reprovações. Contudo, há prazos estipulados, o que pode provocar que tenha de repetir a prova teórica, após um dado número de reprovações da prática.

Como controlar o nervosismo na prova prática de condução?

Como controlar o nervosismo na prova prática de condução?

Em regra geral, o instrutor apenas propõe o candidato à prova prática se o considerar apto a passar.

 Contudo, é normal uma certa ansiedade. Aqui estão listadas dicas para passar na prova prática: 
  • i Preparar-se devidamente. Assegure-se de que domina os conteúdos e está apto: quanto melhor a preparação, melhor a sensação de segurança. Se achar necessário, fale com o seu instrutor e marque aulas adicionais.
  • i Descansar bem antes do dia do exame. Tentar aprender conteúdos à última da hora ou imaginar o que pode correr mal pode aumentar o estresse. Aproveite para relaxar bem antes do exame, por exemplo, com desporto ou uma distração cultural.
  • i Evitar estresse. Convém evitar uma carga de trabalho alta antes da prova. Outros exames, problemas pessoais ou atrasos no dia da prova podem agravar o estresse.
  • i Evitar a pressão. Se mantiver segredo o facto de estar proposto para a prova prática evita receber conselhos que não quer ouvir e ter de dar explicações difíceis, se reprovar.
  • i Aula de teste antes do exame. Este procedimento é útil para se familiarizar com o enquadramento da prova.
  • i Não tomar medicamentos contra a ansiedade. Isto pode levar a uma redução da concentração e provocar assim o contrário do que quer alcançar: passar na prova.
  • i Prestar atenção às instruções do examinador e pedir que este as repita se não as entender. É normal não se entender sempre tudo à primeira vez. Ainda assim, se se enganar na mudança de direção não desespere, isto não leva necessariamente à reprovação. O importante é provar que respeita as regras de trânsito e domina o veículo.
  • i Não perder tempo a pensar na própria ansiedade. O importante é a concentração na condução e manter a calma na prova.
  • i Não perder tempo a pensar em falhas que ocorreram. Enquanto o examinador não der o exame por terminado, nada está perdido.
  • i Recorde-se de que apesar da situação de exame, os instrutores são apenas humanos, como os candidatos.
    O seu perfil é o seu assistente pessoal.

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